segunda-feira, 20 de julho de 2009

Bermuda Folgada com momentos históricos da CBN

Motivado por mais uma participação de ouvinte, o Bermuda Folgada desta segunda fala sobre a Central Brasileira de Notícias.


Explico: mais do que ouvinte, o também locutor de emissoras populares como Cidade, Rádio X, Tropical e Gazeta FM, Fernando Alves enviou um depoimento e um trecho emocionante sobre a última transmissão da Rádio X em 17 de dezembro de 1995, quando estreou oficialmente em FM a CBN. A "rádio que toca notícia" já havia substituido em AM a tradicional Excelsior desde 1 de outubro de 1991.


Ouça o bate-papo que resgata momentos importantes da emissora "all news", como a primeira vinheta, um pool com a Bandeirantes AM em 1992 e a mais recente edição da séria e bem-humorada Rádio Sucupira.

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pizzaiolos pra todo lado

Acabamos de ligar para o Palácio do Planalto. A ideia foi cruzar a linha e, enquanto supostamente um cidadão de bem falava sério com a telefonista, outros dois começavam a conversar sobre entrega de pizza.


Ouça a conversa
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Ao atendimento da Stravagança Pizzaria, foi pedida uma pizza exótica de Lula recheada com farofa de camarão. De sobremesa, pedimos doce de Roubado de Maria e Escondidinho de Banana, mas parece que só tinham marmelada mesmo.

Pra terminar, sugerimos a tal pizza temperada com pré-sal...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bermuda Folgada: a voz do ouvinte

O programa Bermuda Folgada, apresentado ao vivo, às 13:30 h. de segundas, quartas e sextas pela rádio que você sintoniza neste blog, abre espaço para o ouvinte falar.

A partir de importantes participações e indicações pelo e-mail contato@pecasraras.com ou pelo www.twitter.com/pecasraras, esta edição especial traz áudios e descobertas da maior qualidade.


Ouça a edição na íntegra.
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Pra começo de conversa, o Bruno Bortolan, diretor da PodcastOne, via Twitter, deu a dica de alguns vídeos postados por Ricardo Raimundo no YouTube (http://www.youtube.com/user/ricardoraymundo). Deste canal, selecionamos o trecho de uma reportagem conduzida por Renata Ceribelli no programa Vitrine, da TV Cultura, em que a equipe esportiva da Transamérica revela como foram criadas as paródias à seleção na copa de 94. É uma boa volta a um tempo em que Romário também figura as páginas de jornais, mas por motivos bem diferentes do atual.

O contato com a transmissão de futebol pela Transamérica me leva a outro ouvinte que há cerca de dois anos fez contato com nossas peças raras a fim de dividir um especial justamente sobre este assunto. Odair Moreira aparece aqui com um depoimento sobre o tempo em que morava em Assai, no Paraná, e curtia com os amigos os jogos pela TV com o som da pioneira em futebol pela FM.


Odair Moreira também é o responsável por outra dica. Aqui, fazemos uma pausa para o café e entramos em contato com o trabalho original do comunicador e executivo Luciano Pires (em destaque). O autor do livro Brasileiros Pocotó, mantém um programa de rádio e podcast que, como ele mesmo define, permite ao “ouvinte acompanhar comentários e reflexões enquanto escuta boa música, conhece opiniões de pessoas que acreditam no país e amplia seus conhecimentos sobre o melhor da produção musical e cultural brasileira”.

Em destaque, trecho de uma edição que relaciona política, paixão e casamento. O conteúdo é uma dura crítica ao PT. Lula, em seu discurso de posse, falou em mudança. Hoje, comprovamos que ele mudou realmente, talvez do vinho para a água. A partir das reflexões propostas por Luciano Pires, naturalmente, somos levados a uma música supostamente censurada e que circula pela Internet, de Gabriel, o Pensador: Pega Ladrão.

Já que o Café Brasil associa os políticos com bichos, cai bem também ouvir o comentário de nosso guru Ricardo Boechat, que hoje associou uma pesquisa sobre o miado do gato e o domínio exercido por esse bichano em seus donos. Claro que se trata de mais uma bela metáfora do grande jornalista.


Confira aqui a abertura do jornal da Bandnews FM de hoje.
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Se você também tem alguma peça rara para dividir em nossos programas, envie sua sugestão e faça parte de nossos programas.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Bermuda Folgada para as jovens tardes de domingo

O programa transmitido ao vivo pela Malaveiaweb, às 13:30 h. de segundas, quartas e sextas, levou ao ar hoje um especial sobre a Jovem Guarda.


Ouça a edição na íntegra.
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Para comemorar os 50 anos de carreira do rei Roberto Carlos, principal nome do movimento, Edu Malavéia e Marcelo Abud levam ao ar áudios raros, como: Randal Juliano explicando a origem dos programas musicais que ficaram famosos na TV Record; Roberto Carlos em comercial da Shell; trecho de programa de uma série de programas radiofônicos sobre a Jovem Guarda, apresentados por Zeca Baleiro para o Instituto Cultural Itaú (divulgação). Tudo em clima das boas e eternamente jovens tardes de domingo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Bermuda Folgada: futebol clássico e torcida dividida

Excepcinalmente, você vai ouvir uma edição do Bermuda Folgada adaptada. Isto porque ela não foi gravada na íntegra. Para você entender do que estamos falando, pra começo de conversa tem uma notícia veiculada na Bandnews FM seguida de comentário de Ricardo Boechat, sobre o clássico mineiro deste domingo.


Acompanhe o Bermuda Folgada que torce pelo futebol de outros tempos.
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A partir da defesa de que, no futebol, os clássicos devem ser jogados com o mesmo direito para ambas as torcidas, você ouve um "achado do espaço": a abertura da jornada esportiva da Globo AM na final do campeonato de 1991, com Osmar Santos no comando, em que o Morumbi se dividiu entre sãopaulinos e corinthianos (foto).



Em seguida, tem as saudáveis "tirações de sarro" de um dos programas mais importantes no gênero futebol e humor: o Show de Rádio. Tudo para servir de pano de fundo à discussão sobre os bons tempos em que podíamos ir livremente a um estádio aplaudir nosso time.

Ao som de "Aqui é o País do Futebol", escolhemos um representante mineiro que faz bonito no campo da música. Com a composição de Milton Nascimento e Fernando Brant, desejamos que o clássico entre Cruzeiro e Atlético seja motivo para que o torcedor deixe tudo de fora - sobretudo a violência - e viva a festa do futebol em um dia de domingo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O RÁDIO E A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

Em 11 de junho de 1931 entrou no ar a emissora que pouco tempo depois ficaria conhecida como a voz da revolução constitucionalista: a Rádio Record. Paulo Machado de Carvalho recebeu a proposta de Alvaro Liberato de Macedo, dono da casa de discos e da Rádio Record, para que adquirisse o até então pouco explorado veículo de comunicação. À época viviamos ainda o período das rádios clubes e sociedades, mantidas com as mensalidades dos associados, já que a propaganda não era permitida. Em São Paulo, havia apenas a pioneira Educadora Paulista.


Ouça o programa de hoje na íntegra.(se o player não estiver visível, clique aqui)


Painel alusivo ao Movimento Constitucionalista,
nas dependências da Rádio Record.


Na revolução constitucionalista de 32, quando São Paulo se insurgiu contra o regime ditatorial de Vargas, a Record ganhou importância em todo o Brasil. O jovem César Ladeira, que havia chegado há pouco de Campinas, torna-se a principal voz daquele movimento armado que visava a derrubada de Getúlio Vargas. Tudo começou ainda em 31...

Por essa época, Ladeira, até então um jornalista do Correio da Tarde, experimenta a voz na Record. No dia seguinte, escreve o artigo "Se eu fosse speaker":

"Se eu fosse 'speaker' de alguma estação transmissora, chegaria junto ao microfone com a maior sem-cerimônia deste mundo, e diria simplesmente: Meus amigos... o 'speaker' não se deve limitar a repetir como uma maquina o que está no papel. Precisa ser um amigo das pessoas que o estão ouvindo. A sua saudação deve causar prazer, deve ser espontânea, de casa, que entra sem bater na porta, sem pedir licença, familiar, amiga:
-Olá, bom dia, como vai?
Conversar com o grande público invisível - eis o lema do 'speaker' de colarinho mole. 'Speaker' moderno. Da época. "

Em 1932, César Ladeira é a voz qu enão guarda distância do ouvinte e comanda a popularidade da emissora paulista. Reconhecido como o amigo de toda a gente, ele é o apresentador do primeiro programa de variedades do rádio paulistano

Quando as manifestações ganham força em 23 de maio de 32, a Rádio Record empresta seus microfones para a leitura de um manifesto do movimento estudantil. Naquela mesma noite, choques entre os manifestantes e os membros da Legião Revolucionária resultaram na morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. O trágico desfecho se deu bem em frente à sede da Record, à Praça da República, 17. Do acontecimento surgiu a sigla MMDC, que passou a ser a bandeira do movimento.

No dia 9 de julho daquele ano de 1932, a revolução, que já vinha sendo articulada desde abril de 1931, teve início. A Record passa a levar ao ar mensagens patrióticas que representavam São Paulo contra o regime Getulista. Essas mensagens geralmente eram textos do poeta paulista Guilherme de Almeida.

Desde os primeiros instantes, a Record lidera a revolução. Em frente à sede da emissora, um alto-falante transmite os discursos inflamados de César Ladeira, Nicolau Tuma, Renato Macedo e Licínio Neves. O povo se reunia para ouvir os textos inflamados transmitidos por eles.

Em 11 de setembro, a Folha da Noite escreve:
"A Record está sonorizando a Revolução Constitucionalista. Não lhe basta fazer estremecer o microfone com a voz de César Ladeiar, o mestre sala da oratória bonita, que põe arrepios, às vezes, na gente. Não lhe basta. Sua ação se alonga. Dá um instrumental gostoso aos seus artistas. E os põe, ciganos fardados, nos palcos das cidades que as granadas atingem e a que se atiram os soldados que querem limpar seu suor e pensar suas feridas. E os põe nos coretos dos jardins, inchando hinos, incitando a marcha dos capacetes de aço".

A emissora que representava o governo na então capital federal, a Rádio Philips do Brasil, tenta quebrar a resistência paulista contrapondo seus discursos e anunciando que os rebeldes paulistas estavam recuando.

A voz da revolução, como passa a ser chamada a Record, repercute nas madrugadas cariocas em réplicas aos insultos da Philips e em boletins mimeografados espalhados por toda a capital federal com o teor da irradiação do dia anterior.

Ouça outra voz da revolução, o saudoso Nicolau Tuma, que em entrevista a Geraldo Nunes deu sua versão dos fatos no programa São Paulo de Todos os Tempos, da Rádio Eldorado...

A derrota e a rendição dos rebeldes constitucionalistas põem fim à guerra civil. O papel desempenhado pela Record, que logo foi acompanhada pelas outras emissoras paulistas: Cruzeiro do Sul e Educadora, confirma e potencializa o rádio como importante meio de comunicação de massa.

O jornalista Franklin Martins, antes de assumir o papel de homem forte da comunicação de Lula, em seu blog, afirma sobre a Revolução de 32: "Pelo menos até 1934, quando foram realizadas eleições para a Assembléia Constituinte e foi votada a nova Constituição, Vargas exerceu o poder de forma inteiramente discricionária – e somente rendeu-se à necessidade de consultar as urnas depois de o Brasil ter passado por uma curta guerra civil, com a eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932. O movimento desencadeado por São Paulo, embora derrotado militarmente, acabou inviabilizando em termos políticos a pretensão de Vargas de comandar sozinho o país desde o Palácio do Catete."

Para terminar, sugiro a audição da versão de Guerreiros Paulistas para "Paris Belfort", tema usado como marcha do movimento paulista nos discursos levados ao ar pela antiga Record.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Bermuda Folgada: o jornalismo investigativo da rádio que briga por você

Na sexta-feira foi revelada mais uma denúncia envolvendo o presidente do Senado José Sarney. Ele não teria declarado uma mansão de insignificantes 5 milhões de reais. A notícia fez que lembrássemos de outro fato recente, o do vereador Ushitaro Kamia dos Democratas de São Paulo, que não declarou em suas contas na última eleição uma mansão avaliada em cerca de 6 milhões de reais.

Diante deste fato, o debate desta tarde de segunda do programa Bermuda Folgada, nossa versão masculina do Saia Justa, girou em torno do jornalismo investigativo.


Ouça o programa na íntegra.
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Para tratar do assunto, destacamos a atuação do corajoso repórter Agostinho Teixeira pela Bandeirantes AM. Entenda porque a emissora se intitula "a rádio que briga por você". Relembre também a premiada campanha de 2005 em que trechos de música demonstram a atitude da rádio.
Em destaque, anúncio "autoridades cegas".

Veja mais:
Acompanhe a matéria de Agostinho Teixeira exibida no início de abril:


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Jornalismo moleque se faz de bermuda folgada


O programa Bermuda Folgada, levado ao ar pela Malaveiaweb e retransmitido ao vivo neste blog, debateu nesta sexta sobre a importância do jornalismo moleque.

A ideia surgiu a partir de reportagem apresentada no CQC em que os 40 anos de O Pasquim foram comemorados.


Ouça o Bermuda Folgada com a irreverência de Marcelo Abud, Daniel Grecco e Edu Malavéia. .
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Pra começo de conversa, comentamos a ação dos seguranças no Senado diante das perguntas de Danilo Gentili. Em seguida, colocamos na roda a excelente participação de Marcelo Tas como Ernesto Varela, o repórter, na 89 FM de São Paulo. No caso, ouvimos uma ligação feita por ele para o gabinete do ex-vereador paulistano Vicente Viscome, cassado e preso por participar da "Máfia dos Fiscais", no final dos anos 1990.

Falando em jornalismo moleque, não poderíamos deixar de destacar o cinismo de Chico Buarque em entrevista ao Jornal Última Hora, em 1974, quando ele falou em nome de seu heterônimo Julinho de Adelaide.

O programa Bermuda Folgada vai ao ar durante a semana e conta com a sua participação pelo www.twitter.com/pecasraras.

Na próxima segunda, o assunto será o jornalismo investigativo.

Créditos:
Capa do primeiro Pasquim: Memória Viva
Agressão à Danilo Gentili: Agência Estado